Irregularidade no serviço provoca acúmulo de resíduos, mau cheiro e preocupação sanitária
Porto Velho, RO — A coleta de lixo voltou a apresentar falhas graves na capital, deixando diversos bairros urbanos e comunidades do Baixo Madeira com acúmulo de resíduos ao longo desta semana. Moradores relatam que os caminhões não passaram nenhum dia nos últimos dias, ampliando o problema e gerando preocupação sanitária.
Imagens feitas na quinta-feira (4) mostram lixeiras comunitárias transbordando, sacos acumulados nas calçadas e resíduos em avançado estado de decomposição. Em bairros como Flamboyant, Lagoa Azul, Bairro Novo, Cascalheira, Mariana, Três Marias, Alphaville, São Francisco, Eldorado e Aponiã, o mau cheiro já faz parte da rotina — além do aumento visível de insetos e animais atraídos pela sujeira. No Aeroclube, montes de sacos tomaram as margens das vias, formando pontos críticos.
O mesmo cenário se repete no Baixo Madeira. Comunidades como Calama, Nazaré, São Carlos, Terra Caída, Papagaio, São Miguel e Demarcação convivem com resíduos acumulados e incerteza sobre quando a coleta será normalizada. Famílias relatam dificuldade em armazenar o lixo por mais tempo e temem consequências para a saúde pública.
A proximidade do Natal eleva o alerta, já que o volume de resíduos normalmente cresce no período. “Se já está assim no começo do mês, imagina mais pra frente. A cidade não aguenta”, relata uma moradora do Lagoa Azul.
A crise levou a Agência Reguladora do Município a intensificar as fiscalizações. No sábado, a empresa responsável pelo serviço, a Eco PVH, recebeu nova multa por descumprimentos reiterados no contrato emergencial. A prefeitura também pediu a rescisão unilateral do contrato e concedeu prazo para a empresa apresentar defesa.
A administração municipal deve definir na próxima semana como manter o serviço funcionando. Entre as alternativas estão o lançamento de uma nova licitação ou a retomada provisória do serviço pela Eco-Rondônia, em caráter temporário, até a contratação de outra prestadora.
Enquanto isso, o lixo continua acumulado. Para muitos moradores, Porto Velho vive um cenário de caos, com riscos sanitários crescentes e prejuízos à rotina de quem depende de um mínimo de regularidade na coleta. O sentimento geral é de que a situação ultrapassou a esfera contratual e se tornou uma emergência que necessita de ação imediata.
Fonte: Rondoniagora
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