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Parente, que atualmente ocupa o cargo de Assessor Executivo na Secretaria Geral de Governo (SGG), comandada pelo advogado Oscar Neto, é apontado como o verdadeiro comandante da comunicação do município. Segundo fontes internas, o Superintendente Paulo Afonso seria uma figura decorativa, enquanto as escolhas da equipe partem de Anderson.
A chefe de redação Cristiane Cruz, apontada como responsável por tratar diretamente com a imprensa, tem um histórico controverso, marcado por oposição ao prefeito e críticas por seu tom considerado arrogante por colegas de imprensa (e isso não é de hoje), o que vai de encontro com a forma que o próprio prefeito Léo Moraes disse em coletiva, que a imprensa fosse tratada com respeito. Aliás se uma profissional não sabe lidar com a própria categoria, algo está errado.
Apesar de se intitular jornalista, Anderson Parente não é conhecido e nem reconhecido pela imprensa, além de carregar um histórico que levanta dúvidas sobre sua credibilidade. Sua página de humor @humorpvh, conhecida por atacar figuras públicas e disseminar notícias falsas, pesa contra sua reputação.
Um exemplo emblemático é o caso de um vereador que teve sua vida pessoal exposta com informações falsas durante as eleições de 2022, situação que levou seu sócio, conhecido como Will, a ser detido pela Polícia Federal por tentativa de extorsão.
A postura de Anderson Parente em relação ao senador Confúcio Moura (MDB) é outro ponto crítico. Confúcio, atualmente ocupando a Segunda-Secretaria da Mesa Diretora do Senado, é considerado um dos parlamentares mais influentes do Planalto Central. Ele foi peça-chave na articulação de apoio ministerial para a gestão de Léo Moraes, o que aumentou significativamente a entrega de recursos para a prefeitura de Porto Velho.
Apesar disso, a página administrada por Parente publicou conteúdos desfavoráveis ao senador, colocando em risco uma aliança estratégica para a cidade. As postagens não foram removidas, mesmo diante da importância de Moura para a administração local, o que tem gerado desconforto nos bastidores com aliados do senador e do próprio prefeito Léo Moraes, a autonomia dada a Parente.
A nomeação de Cristiane Cruz como chefe de redação também é questionada. Braço direito do ex-Superintendente Alessandro Lubiana, ela foi uma opositora ferrenha de Léo Moraes na última campanha (e não vale dizer que era “obrigada”, fontes internas reforçam que ela sempre foi fiel a seu padrinho ex- prefeito Hildon Chaves), mas agora ocupa um cargo-chave na comunicação da prefeitura. A decisão é vista como contraditória, reforçando a percepção de que Paulo Afonso, o Superintendente de Comunicação, não tem autonomia na gestão.
A pergunta que ecoa é: por que o prefeito Léo Moraes insiste em manter uma equipe marcada por polêmicas, que além de carregar histórico de oposição, age de forma a comprometer alianças estratégicas e a credibilidade da Comunicação da Prefeitura de Porto Velho?
Enquanto a política local já enfrenta debates inflamados, a gestão da comunicação da prefeitura parece alimentar ainda mais os conflitos, colocando interesses pessoais e disputas internas acima do compromisso com a população de Porto Velho.